2024 foi um ano marcado por uma trajetória de altos e baixos para Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira. O técnico, que viveu momentos de grande sucesso com Ceará, Flamengo e São Paulo, chegou à seleção com grandes expectativas, mas encontrou um caminho tortuoso, com resultados imprevisíveis. Após o empate de 1 a 1 contra o Uruguai, na última terça-feira (19), no fechamento das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, o Brasil encerrou o ano na quinta posição, com um aproveitamento de 59,5% após 14 partidas no comando de Dorival.
O Início Promissor e a Primeira Queda
Quando Dorival assumiu, a Seleção mostrou potencial logo no início, com uma vitória sobre a Inglaterra e um empate com a Espanha. No entanto, os resultados não foram consistentes, e em seguida o time enfrentou sua primeira queda de rendimento. Durante os amistosos antes da Copa América, a Seleção teve um desempenho abaixo das expectativas, com uma vitória sem brilho sobre o México e um empate apático contra os Estados Unidos. Esses primeiros sinais de dificuldade foram apenas o começo de um ano turbulento.
A Copa América: Momentos de Frustração
A participação na Copa América foi o ponto mais baixo de 2024 para Dorival e sua equipe. A Seleção, que contava com grandes estrelas como Vinícius Júnior e Rodrygo, não conseguiu superar a Costa Rica na estreia, empatando sem gols. Embora tenha goleado o Paraguai por 4 a 1 na segunda rodada, o ânimo logo foi novamente abalado ao empatar com a Colômbia e ser eliminada pelo Uruguai nas quartas de final, após um empate sem gols e eliminação nos pênaltis.
Busca por Recuperação e Novas Expectativas
Após um hiato de dois meses sem jogos, a Seleção voltou à ativa nas Data Fifa de setembro. O técnico apostou em novos nomes, como Estêvão, Luiz Henrique e Endrick, mas o rendimento da equipe, com vitórias magras sobre o Equador e uma derrota para o Paraguai, não foi suficiente para gerar confiança plena.
Alívio Temporário e Novos Desafios
Em outubro, Dorival experimentou um respiro, com uma vitória difícil contra o Chile (2 a 1) e uma goleada convincente contra o Peru (4 a 0). Esses resultados foram importantes para o Brasil seguir sua caminhada nas Eliminatórias, mas o mês de novembro trouxe novamente sinais de alerta. Os empates contra Venezuela e Uruguai, com atuações que lembraram o desempenho frustrante da Copa América, reacenderam as críticas.
A falta de organização em campo ficou evidente, especialmente nas alterações feitas durante os jogos. Dorival optou por escalar Gabriel Martinelli em uma posição mais centralizada, em busca de uma virada, enquanto Raphinha, jogador de destaque como atacante no Barcelona, foi deslocado para uma função defensiva. Esses ajustes táticos não conseguiram melhorar o desempenho da equipe, e a pressão sobre o treinador aumentou.
Em resumo, 2024 foi um ano de altos e baixos para Dorival Júnior, com a Seleção Brasileira oscilando entre promissores momentos e frustrações. O ano terminou com um resultado modesto nas Eliminatórias, deixando dúvidas sobre o futuro da equipe rumo à Copa do Mundo de 2026.