© Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Vacinação para HPV é arma contra câncer cervical

atendimento5@ptexto.com.br

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 17.010 novos casos de câncer do
colo de útero no Brasil em 2024. A doença, também chamada de câncer
cervical, é o terceiro tipo mais comum de câncer em mulheres, excluindo os
tumores de pele não
melanoma. O problema é causado pela infecção persistente por alguns tipos
de HPV, o papilomavírus humano. A boa notícia é que pode ser prevenido,
inclusive por vacina, além de ter um tratamento mais eficaz com o diagnóstico
precoce.

“O HPV é na verdade um grupo com mais de 200 vírus relacionados. Alguns tipos
são considerados de alto risco, pois estão associados ao desenvolvimento de
cânceres, como o câncer de colo do útero, ânus, pênis, vagina, vulva e
orofaringe. A
transmissão ocorre, principalmente, por meio de contato sexual, seja vaginal,
anal ou oral. Também é possível, embora menos comum, que o vírus seja
transmitido por meio de contato pele a pele com uma área infectada”, explica
o infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Marcelo
Cordeiro.

Segundo o especialista, o câncer de colo de útero é causado, em especial,
pelos chamados tipos oncogênicos' de HPV, que são aqueles com
maior risco de causar câncer. “Podemos citar, em particular, os tipos 6, 11, 16
e 18, que juntos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer
cervical”, afirma o médico.

Imunização

De acordo com Marcelo Cordeiro, esses quatro tipos de HPV podem ser prevenidos
por meio da vacina quadrivalente, disponível na rede pública de saúde para
meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Já para uma cobertura mais
completa contra
esses e outros nove tipos de HPV, a opção é procurar a nonavalente,
disponível na rede privada de saúde, onde a faixa etária de alcance também
é maior (9 a 45 anos para mulheres e 9 a 26 anos para homens). São
recomendadas duas ou três
doses, dependendo da idade de início da vacinação, por isso, é importante
consultar um profissional médico para orientação.

“A vacinação contra o HPV é importante porque pode prevenir a maioria dos
casos de câncer cervical e outros tipos causados pelo vírus, além de
prevenir as verrugas genitais. Desta forma. Tanto a vacina disponível no SUS,
quanto a ofertada
pela rede privada, oferecem excelente proteção, resguardadas as diferenças
entre ambas”, esclarece o especialista.

Além do imunizante, é possível prevenir a infecção por HPV com o uso de
preservativo durante as relações sexuais, o que pode reduzir o risco de
transmissão do vírus. “Esse é um método importante, embora não ofereça
proteção
completa, pois o HPV pode infectar áreas não cobertas pelo preservativo.
Daí, novamente, a importância da vacinação”, destaca o infectologista.

Exames de rotina

Além da vacinação e do uso de preservativos, exames de rotina são essenciais
na prevenção do câncer cervical. Um deles é a colposcopia, que possibilita
ao médico, durante consulta, observar a vulva, a vagina e o colo do útero,
permitindo
identificar e tratar lesões antes que evoluam para câncer.

Outro exame importante é o Papanicolau, que coleta células do colo uterino
para identificar alterações que podem indicar a doença. Ele pode ser feito de
duas formas: convencional, que é o preventivo em lâmina, ou em meio líquido.
Este último
tem a vantagem de melhorar a detecção de alterações pré-cancerosas.

A bioquímica e coordenadora técnica científica do Sabin, Luciana Figueira,
ressalta que a citologia em meio aquoso reduz a chance de resultados falso
negativos, permitindo a realização de testes moleculares a partir da mesma
amostra,
como genotipagem de HPV.

Fonte: atendimento5@ptexto.com.br


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